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Com tradução e adaptação inéditas de Carolina Floare e direção de Sílvia Carvalho, esta montagem de “Hamlet” faz um desafio experimental à essência humanista da obra, através da sua contemporaneidade, universalidade e ainda da inversão dos gêneros de todos os personagens da trama original.

Por outro lado, os caminhos transversos são propostos numa linguagem clara e acessível, que busca resgatar a poesia e popularidade originais do texto de Shakespeare e atrair, dessa forma, todos os tipos de público.

“2012” é o símbolo do “ponto zero”, a partir do qual se pretende contar a tão famosa história como se fosse pela primeira vez. Em algum Reino indefinido à beira-mar, morre subitamente a Rainha. Dois meses passados, o Rei viúvo já está casado com sua antiga cunhada, Claudia, para espanto do povo e revolta da Princesa, Hamlet, ainda em luto pela mãe. Mas o espírito inquieto da Rainha falecida ronda o palácio durante as madrugadas até conseguir se comunicar com a filha e revelar as circunstâncias do seu assassinato. Hamlet, intimada a fazer justiça e a endireitar seu Reino caído na corrupção de valores, renuncia ao amor, reflete e, consequentemente, hesita, procura provas através da loucura e do teatro. Uma tragédia com pitadas de humor, que reflete sobre a condição humana.